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   Marcas deixadas no corpo por um ferimento, ou a impressão duradoura deixada por uma sensação obtida no cotidiano, as cicatrizes evocam a existência, apresentando a referencia que se leva na construção das peculiaridades de cada um. As cores por sua vez, resgatam a memória visual conectando o espectador a vivencias pessoais, logo, a lembranças, ou simplesmente cicatrizes.
Cicatrizes trata-se de uma performance a respeito da relação entre as cores, e o corpo, e busca atribuir à execução, sensações espontâneas que revelam a memória corporal que traz em sua gênese a atmosfera visual gerada, pela exaberção de imagens abstratas que vão se metamorfoseando pela manipulação das tintas feitas pelos performers em seus movimentos.
   Ao mesmo tempo em que os performers constroem a obra visual “concreta” que é justamente o resultado de todo transito performático pelos elementos Tinta & tela no plano horizontal, uma abstração visual vai-se construindo em tempo real por uma projeção – atrás da cena - revelando a paisagem e o processo de construção da obra. Observa-se, portanto o caráter efêmero com o qual se encena cicatrizes, tendo que o resultado da dramaticidade sugerida pelos performers é exatamente a sucção da performatividade e o dissolvimento do transito em coloridos rizomas visuais, apresentando ao findar-se o “que está vivo” na obra de arte.

CICATRIZES

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